Chancelando sua expertise no setor financeiro, Nasdaq utiliza data lake da AWS para armazenar mais de 15 terabytes de dados.
Quando se fala de ambiente em nuvem na indústria financeira há quase uma dualidade: de um lado, bancos tradicionais com um legado em mainframe e migrando parte de suas infraestruturas para nuvem e, do outro, bancos digitais e fintechs nascendo totalmente digitais e na nuvem.
Em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, durante o Febraban Tech, realizado em São Paulo, Tatiana Ourofino, gerente de desenvolvimento de negócios para o mercado financeiro da AWS no Brasil, avaliou o movimento das grandes instituições financeiras indo para a nuvem como uma tendência no Brasil e no mundo.
“Os bancos mais tradicionais vão para nuvem buscando mais agilidade, alcançar velocidade dos participantes menores, conseguir maior flexibilidade. Temos casos, como o Banco Fibra, que migrou seu datacenter para a nuvem.
O Itaú também anunciou sua jornada de transformação, que incluiu migração para a nuvem e anunciaram que pretendem estar com 50% ainda neste ano com na AWS. Isso tudo é em busca de maior agilidade para buscar maior inovação”, apontou a executiva.
Na prática, os bancos querem alcançar de melhor forma seus clientes, estar onde eles estão e falando a língua deles.
Tanto é assim que Nubank e C6 Bank nasceram na AWS. Toda essa movimentação das instituições financeiras tem respaldo na agenda de inovação do Banco Central que tem puxado a pauta. “Desde de open banking, Pix e diversas outras regulamentações que facilitam a entrada de outras instituições e que na prática tem conexão forte na maneira como AWS opera”, disse.
Um caso de sucesso considerado emblemático é a migração do data warehouse da Bolsa de Valores, Nasdaq, para AWS. Em 2014, para aumentar a escala e a performance e reduzir os custos operacionais, a Nasdaq migrou de um data warehouse on-premises herdado para o data warehouse da Amazon Web Services (AWS) habilitado por um cluster do Amazon Redshift.
Entre 2014 e 2018, esse cluster do Amazon Redshift aumentou para 70 nós, à medida que a empresa expandia a solução para oferecer suporte a todos os seus mercados norte-americanos. Em 2018, a solução ingeriu dados do mercado financeiro provenientes de fontes no período noturno, variando de 30 a 55 bilhões de registros e ultrapassando 4 terabytes.
Em 2018, a Nasdaq optou por desenvolver a base de um novo data lake no Amazon Simple Storage Service (Amazon S3), o que permite que a empresa separe computação e armazenamento e escale cada função de forma independente. O novo data lake contém 15 terabytes de dados no Amazon S3, que a Nasdaq pode consultar no local sem carregamento de dados imediatamente após gravar os dados no Amazon S3. Para Tatiana Ourofino, a migração da Nasdaq foi um marco para o mercado de capitais.
Convergência Digital
Por Roberta Prescott e Lucas Criniti
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Originalmente publicado em: https://www.convergenciadigital.com.br/Cloud-Computing/Nasdaq-usa-data-lake-da-AWS-para-15-terabytes-de-dados-61148.html