As edtechs são uma inovação ao modelo tradicional de aprendizagem que imperou por muito tempo no Brasil e no mundo. Tanto para o ensino convencional quanto para o corporativo, as edtechs significam um avanço promissor.
O mercado de educação sempre foi visto com desconfiança, especialmente pela sua ligação aos métodos do passado.
Tudo isso durou até a popularização da tecnologia, que deu lugar a inovações e deu luz à ideias transformadoras.
Foi nesse momento em que as startups surgiram e que o núcleo de edtechs veio a se expandir e mostrar todo o seu potencial.
Muito mais do que produtos para escolas e para o ensino alternativo, as edtechs focam em criar soluções para melhorar a gestão educacional, com auxílio de tecnologias como:
• Robótica;
• E-learning;
• Inteligência artificial.
Além disso, as edtechs servirão de base para a Educação 4.0, um movimento transformador que visa revolucionar o aprendizado.
Agora, como essa modernização pode impactar as salas de aula e as empresas em si? Quais os benefícios e, principalmente, como é o mercado atual das edtechs no Brasil?
Vamos responder essas e outras questões sobre o assunto neste conteúdo. Um guia completo sobre as edtechs e sua função no mercado de educação atual.
Edtechs são startups focadas no desenvolvimento de soluções tecnológicas para a educação.
O termo é bem explicativo: education (educação) + technology (tecnologia).
Para uma edtech, o objetivo é reinventar os métodos de aprendizado, revolucionando os processos educacionais por meio da tecnologia.
Ou seja, não se trata apenas de facilitar o aprendizado em si, mas de realmente explorar novas soluções e incorporá-las à rotina de ensino, despertando novos conhecimentos nos alunos e envolvidos.
Desse modo, você pode encontrar edtechs que criam soluções específicas para a aprendizagem, como também àquelas que atuam nas beiradas, procurando desenvolver soluções que engajem o aluno.
É um mercado em plena expansão, mas já amplo desde sua concepção.
Vale ainda ressaltar que as edtechs são startups que atendem a toda uma demanda por inovações em aprendizagem.
Ou seja, desde o ensino básico, passando pelo superior, ao técnico e chegando ao ensino corporativo.
O mercado de edtechs começou a se desenvolver nos idos do novo milênio, em um momento onde a Internet começava a se tornar mais comercial e evoluída.
Foi por volta dessa época que a primeira edtech foi criada: a Blackboard Inc., em 1997.
Até hoje, a empresa é uma referência no mercado, pioneira no uso do LMS (Learning Management System).
Inclusive, é a partir desse modelo de sistema de gestão que muitas edtechs se desenvolveram.
A verdadeira expansão desse nicho de startups veio com a popularização de tecnologias mobile e redes móveis mais robustas, como é o caso do 4G.
Hoje, o setor já se estabeleceu como um dos mais promissores no mundo das startups, com faturamento estimado de US$ 186 bilhões em 2020.
Esses dados são do relatório EdTechXGlobal 2020.
É um movimento natural, que acompanha os anseios de um tipo de consumidor que cada vez mais se interessa (e necessita) do aprendizado — o lifelong learning.
Não à toa, o mercado de tecnologia educacional pode atingir cifras de até US$ 404 bilhões até 2025, de acordo com dados da Holon IQ.
Nunca se duvidou do potencial da tecnologia ao ser aplicada na educação. Pelo contrário, sempre se esperou muito da combinação das ferramentas com o método de ensino.
Hoje em dia, o que podemos tirar de conclusivo dessa união?
O uso da tecnologia na educação permite que o professor e as instituições de ensino, bem como as empresas interessadas em evoluir a educação corporativa, encontrem soluções para os desafios da sala de aula.
Um dos principais fatores que a tecnologia permite é o entendimento de que cada aluno é diferente. Possui aptidões, gostos, habilidades (hard e soft skills) únicas.
O modelo tradicional e antigo de aprendizagem ignorava esses aspectos, encaixotando o ensino em um método passivo.
Ou seja, o aluno como mero telespectador do professor, que ditava a matéria e o seu ensino.
Com a tecnologia, foi possível enxergar além disso.
Uma das primeiras inovações, portanto, foi a criação de uma abordagem ativa de aprendizado: onde o aluno é o protagonista.
Ela permite e incentiva não apenas o engajamento do aluno, mas trabalha para promover conexões intelectuais (sejam individuais ou coletivas) com o material de estudo.
Além disso, a tecnologia proporciona que outros formatos além do texto e outras atividades além da leitura façam parte da rotina de aprendizagem.
É o caso dos vídeos e das videoaulas, dos materiais digitais, das plataformas de aprendizagem e treinamento online.
São exemplos de tecnologias que facilitam o acesso e melhoram o engajamento do aluno com o material didático.
Além disso, possibilitam a captura de dados para que o professor, IES ou empresa possa analisar os resultados e traçar estratégias de ensino personalizadas.
Originalmente publicado em: www.totvs.com/blog/instituicao-de-ensino/edtechs/