“Gamificação” é uma palavra derivada do termo em inglês gamification. Trata-se do uso de jogos digitais para atividades que até então não tinham elementos de games.
No caso da educação, os jogos podem ser utilizados para que os alunos assimilem melhor os conteúdos abordados em sala de aula.
Com essa estratégia, os professores podem instigar os estudantes a colocarem os seus conhecimentos em prática e testarem as suas habilidades.
Tudo isso usando as características encontradas nos jogos digitais, como a competição, os feedbacks instantâneos e as premiações.
O uso da gamificação na educação é benéfico em todos os níveis, ou seja, no Ensino Fundamental, Médio e Superior, além da pós-graduação.
Veja algumas das principais vantagens de adotar essa estratégia como metodologia de ensino em uma instituição.
A gamificação na educação pode ser usada como uma espécie de competição entre os alunos. Isso faz com que os estudantes interajam mais entre si e, assim, desenvolvam laços de coleguismo e amizade.
Em casos de cursos que são totalmente online, essa é uma excelente alternativa para estimular o contato e as trocas de experiência, inclusive.
Sem dúvida, os estudantes aprendem mais quando têm a oportunidade de debater com os colegas sobre um assunto estudado.
Nesse sentido, um quiz interativo no formato de competição pode ser bem mais interessante que simplesmente solicitar que os alunos deixem um comentário em uma plataforma, por exemplo.
Com a gamificação, as aulas ficam muito mais dinâmicas e divertidas. Aliás, essa é uma excelente maneira de fazer com que os estudantes coloquem em prática aquilo que estudaram.
Vamos supor, por exemplo, que os alunos do curso de Design de Moda estudaram teorias de corte e costura.
Nesse caso, pode ser desenvolvido um game em que é preciso aplicar as técnicas aprendidas para vestir um personagem.
Para algumas pessoas, estudar pode ser maçante, principalmente quando se cursam muitas disciplinas ao mesmo tempo, acumulando leituras e atividades.
Com a gamificação na educação, os alunos se sentem mais motivados e engajados. Estudar pode se tornar mais lúdico, sem que seja necessário aplicar apenas técnicas tradicionais.
Os games servem para ajudar os estudantes a reter conteúdos. Isso porque eles podem simular situações reais, em que se pratica aquilo que é estudado.
Imagine, por exemplo, um curso que conta com uma disciplina de Matemática Financeira em sua grade curricular.
Para aplicar os conceitos, pode ser feito um jogo que simula o fluxo de caixa de um pequeno comércio, para que o aluno veja a teoria ser usada em uma situação do dia a dia.
A gamificação na educação também permite que os alunos desenvolvam novas habilidades e competências socioemocionais.
Com os games, é possível estimular o desenvolvimento de criatividade, autonomia e senso de colaboração no estudante, por exemplo.
Para aplicar a gamificação na sala de aula, é importante seguir alguns passos. Confira os principais nos tópicos a seguir.
Antes de iniciar uma estratégia de gamificação na educação, é importante conhecer o perfil dos seus alunos. Isso pode variar de acordo com a faixa etária ou o estilo adotado pela instituição de ensino.
Em uma escola de Ensino Fundamental ou Médio, por exemplo, em que os estudantes são crianças e adolescentes, um jogo mais lúdico pode ser bem interessante.
Agora, para alunos adultos, em cursos de nível superior, é preciso tomar cuidado para não usar jogos que pareçam muito infantis.
Os jogos devem ser incluídos nas atividades acadêmicas com um objetivo. Eles não podem estar ali apenas por estar, mas sim fazer parte do programa pedagógico da instituição de ensino.
Um jogo pode ter diversos objetivos: fazer com que o aluno aprenda algo novo, aplique uma teoria que foi estudada, desenvolva competências essenciais etc.
É preciso ter uma mecânica por trás do jogo, que deve incluir sempre os elementos de qualquer game, como a competição e as recompensas quando algo é conquistado.
O jogo também pode ter diferentes níveis, ou seja, ficar mais difícil conforme o jogador vai passando de fase. Professores e designers de jogos podem atuar juntos pensando na melhor mecânica para cada situação.
Por fim, ao adotar games na educação, também é preciso pensar nos recursos e na acessibilidade que serão necessários.
Caso o aluno precise baixar um aplicativo no smartphone, por exemplo, é fundamental que o sistema rode bem em todos os tipos de sistema operacional.
Afinal, a instituição de ensino não pode exigir que o estudante tenha um dispositivo de determinado modelo ou marca.
Certamente, investir em estratégias de gamificação na educação é uma grande tendência em curto e médio prazo.