O 6G é a próxima geração das redes móveis, que promete velocidades de conexão estonteantes mesmo quando comparada ao 5G (que está quase lá). No entanto, a tecnologia mal saiu do papel e deve demorar bastante para chegar às ruas. Neste guia, entenda o que é 6G e o que podemos esperar dele, em um futuro não tão próximo.
O 6G é a próxima geração de redes móveis, que deverá suceder o 5G, que ainda está em fase de implementação em todo o mundo. A bem da verdade, a tecnologia ainda está na fase de definição e, sendo o mais sincero possível, nem seus responsáveis sabem ainda como será, quais suas capacidades e para qual finalidade ela será voltada.
Ainda assim, podemos arriscar alguns chutes tendo o 5G como base.
O 5G promete velocidades de download de até 100 Mb/s, mas seu foco não é voltado para agilizar as conexões de celulares, para que você possa assistir filmes completos por streaming em qualquer lugar: a maior largura de banda está sendo preparada para suportar a demanda de IoT (ou da famosa Internet das Coisas). A cada ano, bilhões de novos dispositivos inteligentes são conectados.
A estimativa mais conservadora prevê que nos próximos anos, teremos todo o tipo de dispositivos conectados à internet, de carros a drones, de servidores remotos a edifícios inteiros, relógios, sensores nas roupas e equipamentos e etc. Sua casa também será muito provavelmente toda inteligente, com sensores para detectar vazamentos, problemas na estrutura, controle de iluminação, sistema de segurança e por aí vai.
O 5G seria uma rede de transição para permitir a viabilidade de um cenário onde a Internet das Coisas está em franca expansão, com a tecnologia se tornando cada vez mais corriqueira, algo que o 4G não foi projetado para suportar.
Seguindo essa linha, o 6G traria uma largura de banda ainda maior para lidar com a evolução natural desse cenário: as cidades inteligentes.
Pense em metrópoles do tamanho de São Paulo, Nova Iorque, Tóquio ou Londres, totalmente conectadas à rede de internet, em todos os aspectos dos cidadãos. Agora, expanda isso com o tempo para províncias, estados, países inteiros. A longo prazo, o 5G não estaria pronto para algo de tamanho porte, mas o 6G já chegaria preparado para dar conta dessa realidade, com trilhões de dispositivos conectados o tempo todo.
A ideia para o 6G é mirar em uma velocidade de conexão de 1 Tb/s, operando no espectro de frequência de 1 THz, algo que ainda não é possível; para isso fabricantes, operadoras e agências de telecomunicações terão que investir em novas tecnologias para procesadores, componentes, fornecedores de energia, antenas e retransmissores, fora o fato de que toda a infraestrutura terá que ser readequada para receber o 6G.
Ou seja, é um trabalho lento, complexo e muito caro.
Os primeiros passos estão sendo dados: empresas como Samsung, LG e Huawei já iniciaram as pesquisas em 6G, enquanto a FCC — equivalente norte-americana da Anatel — abriu as frequências entre 95 GHz e 3 THz para fins experimentais.
Essa é a pergunta que todos estão fazendo.
Dado que o 5G está em desenvolvimento há 11 anos e ainda engatinha (o Brasil vai leiloar as frequências apenas em 2020, se nada der errado), a previsão é de que o 6G não esteja minimamente pronto antes do fim da próxima década. A Huawei, por exemplo acredita que a futura rede móvel só seja implementada nos anos 2030.
Portanto, nem adianta ter muita pressa, visto que o 5G nem chegou e, Brasil sendo Brasil, nem o 4G funciona direito (ou como o esperado) por essas bandas ainda.
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Originalmente publicado em: https://tecnoblog.net/responde/o-que-e-6g/