Nos Estados Unidos, uma startup arranjou uma maneira de fazer com que os alunos usem a IA generativa(a mesma do ChatGPT) não para “colar” nos trabalhos, e sim para dominar as técnicas da escrita, informa a Fast Company.
A startup em questão é a Pressto, fundada em 2021 pelo jornalista Daniel Stedman. A ideia surgiu, na verdade, de uma insatisfação dele com a maneira como as escolas ensinavam as crianças a escrever.
A partir daí, a empresa pensou em usar inteligência artificial para criar planos de aula para os professores e ajudar os alunos a driblar a angústia de ver a tela em branco e não saber nem por onde começar a escrever.
Para isso, a Pressto criou uma ferramenta que oferece blocos de texto clicáveis para que os jovens tenham um caminho para estruturar suas ideias. Depois, a inteligência artificial sugere assuntos, oferecidos em caixas de comando atraentes para as crianças.
Um exemplo: a Pressto pode gerar tópicos para um texto que compare dois Pokémons (como Wilbur e Pikachu). E tudo o que os alunos escrevem é reunido em um zine, que pode ser compartilhado virtual e fisicamente.
A ferramente também dá um feedback sobre os textos, elogiando o que foi bem feito ou encorajando os estudantes com dicas de como escrever melhor.
Mais confiança na escrita
Desde que foi lançada, em janeiro de 2023, a plataforma da Pressto já é usada por mais de 1.300 professores de quase 700 escolas nos Estados Unidos (e em quatro outros países).
Um desses professores, Todd Henry, diz que até seus alunos menos interessados nas aulas de escrita respondem de maneira diferente quando podem escrever sobre o que querem “em um meio que é ‘legal’”, diz.
Ele usa a IA generativa para atender a estudantes de diferentes níveis de aprendizado e dar mais confiança aos que têm medo de escrever —“especialmente os meninos mais velhos do ensino fundamental, que geralmente relutam em expressar sentimentos, opiniões e pensamentos”, conta.
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Originalmente publicado em Ifood News