A quinta geração de redes móveis não representa apenas uma revolução mundial. A tecnologia promete, também, uma evolução em conectividade. A longo prazo, muitas mudanças são esperadas em todas as áreas, e as expectativas são altas com o 5G na educação.
As possibilidades são muitas e vão desde a melhora da instrução online a aplicações de Virtual Reality (VR), Realidade Aumentada (RA) e expansão da Internet das Coisas (IoT). A distância será encurtada por mais fluidez nas conexões e por simulações que aproximarão o ensino de situações reais, sem os limites da distância física entre as pessoas
Confira em detalhes, neste artigo, tudo o que é aguardado para o setor de educação com a efetivação do 5G, e saiba como a CERTI vai se envolver com essa novidade.
O desempenho da comunicação móvel com o advento da conexão 5G tende a potencializar muitas tecnologias. As características dos novos padrões de conectividade vão fortalecer mídias de alta definição e acervos de imagens e áudios.
Entram na soma, ainda, a transferência e processamento de grandes quantidades de dados. Com isso, as experiências se tornarão mais realistas e as discussões por videoconferências serão mais fluidas.
A transição digital se dará a partir de um conjunto de ferramentas como aplicações de cibersegurança, cloud computing, data center, segurança e recursos de produtividade.
Espera-se, também, novos modelos de negócios com o aprimoramento da relação entre homem e máquina, e até mesmo machine-to-machine (M2M, ou máquinas para máquinas). Com a facilidade para disseminar conhecimento, deve-se fomentar um ecossistema de novos negócios e oportunidades.
No caso específico do meio educacional, os processos serão acelerados como efeito dos benefícios oportunizados pelo 5G. Descubra quais são no tópico a seguir.
A tecnologia 5G tem um ganho de qualidade em vários aspectos quando comparada ao 4G. Ela irá conferir:
•latência (tempo de resposta de dispositivos a uma conexão) entre 1 a 10 milissegundos (ms), frente a taxa atual que varia entre 30 e 50 ms com o 4G;
•taxa de download com capacidade para até 10 Gbps, enquanto o 4G atende de 300 Mbps a 1Gbps;
•velocidade de upload de mais de 1 Gbps, sendo que o máximo atingido pelo 4G é de 50 Mbps;
•consumo de energia mais baixo;
•densidade de conexão de 1 milhão de dispositivos por quilômetro quadrado;
•maior alcance de sinal, podendo chegar a áreas afastadas e desprovidas de internet.
•Todos esses ganhos compõem um cenário promissor para a empregabilidade de inovações, estímulo de educadores e inclusão de parcelas desassistidas da
população.
A quinta geração dos serviços móveis trará mais dinamismo para as formas de ensinar e de aprender. É importante, porém, frisar que estímulos a uma cultura de transformação precisam acompanhar esse movimento de evolução tecnológica.
Os desafios devem ser interpretados em sua totalidade, e o 5G é o recurso que favorece uma melhor distribuição e democratização da acessibilidade. A disrupção obtida com seu uso de forma inteligente, será a chave para o êxito das mudanças!
Confira alguns exemplos do que deve ser aprimorado quando garantido o acesso digital em diferentes cenários sociais e geográficos.
Especialistas apostam na tecnologia como a base da educação para o futuro, agregando características como:
•escalabilidade;
•segurança;
•imersão;
•colaboração;
•inclusão;
•inovação;
•personalização.
A perspectiva é de que haja a formação de uma nova consciência crítica, e que a tecnologia não esteja à parte, mas que integre o aprendizado, proporcionando o desenvolvimento de habilidades condizentes às oportunidades de mercado que devem ser criadas.
De forma repentina, a pandemia impulsionou esse modelo de aprendizagem com as dificuldades e limitações dos equipamentos, sem nenhum planejamento prévio.
Com isso, professores e alunos tiveram que improvisar, e podemos afirmar que esse ensaio demonstrou o potencial dessa forma de ensino.
A relação síncrona e assíncrona entre alunos e professores somada ao uso de dispositivos inteligentes formam a composição de ambientes virtuais melhor preparados para o ensino remoto. Objetos complexos e dinâmicos poderão ser criados e serão passíveis de interações online.
Também será um ganho incorporar disciplinas relacionadas à música, ginástica, dança e ensinos psicomotores com o apoio da Realidade Virtual.
O 5G trará um novo panorama com a agilidade e o favorecimento de mecanismos como a “Internet Tátil”. O conceito corresponde à tecnologia batizada de “TIC-TOC”, na qual o envio e recepção da informação acontece na mesma velocidade da percepção humana.
A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) divulgou um balanço mostrando um aumento representativo no interesse por cursos de Ensino à Distância (EAD).
Em 2020, antes da pandemia, 60% das pessoas entrevistadas pretendiam procurar apenas cursos presenciais. Após as incertezas trazidas pela disseminação do COVID-19, somente 22% dos respondentes afirmaram ter interesse em cursos presenciais. 78% das pessoas passaram a considerar a possibilidade de estudar à distância.
Mas não é somente a pandemia o fator responsável por essa nova percepção acerca do ensino remoto. Os horários flexíveis são uma grande vantagem, e essa modalidade tende a se manter em crescimento. Até 2023, a entidade prevê que as matrículas de EAD superem a quantidade de inscrições em cursos presenciais.
O 5G na educação deve potencializar e democratizar ainda mais essa possibilidade de formação.
Com a redução de gastos em instituições educacionais — a longo prazo —, abre-se a chance de novos horizontes para investimentos em projetos de estudos.
Outro ponto que irá agregar qualidade a essa frente educacional será o fortalecimento de instrumentos multimídia. Imagine que será muito mais fácil ter acesso a grandes acervos de conhecimento com áudios, dados e vídeos high definition.
Podemos nos referir, ainda, aos laboratórios virtuais como um grande diferencial para a eficiência dos cursos de Instituição de Ensino Superior.
Atividades que antes eram desempenhadas em grupos, por exemplo, podem ser praticadas individualmente. E mais: é possível repeti-las quantas vezes for preciso. Essa tecnologia já está disponível em algumas universidades, como é o caso do Centro Universitário de Lavras (Unilavras).
Um novo conceito tem se espalhado no mundo e no Brasil, propondo formatos diversos de aprendizagem a partir da tecnologia. A união das palavras educação (ou education, em inglês) e tecnologia (ou technology) resultaram no termo edtech.
O nome faz referência a empresas que se dedicam ao desenvolvimento de recursos de aplicação sistemática para modernização do ensino e gestão pedagógica e financeira. Fazem parte desse grupo empreendimentos que trabalham para prover soluções como:
•jogos educativos;
•cursos online;
•acervos digitais;
•ferramentas de tutoria;
•plataformas de avaliação;
•ambiente virtual de aprendizagem (AVA);
•laboratórios virtuais;
•sistemas de gestão administrativa;
•artifícios de realidade virtual e aumentada.
De acordo com o EdTechX Global Report, o mercado global desse segmento movimentou uma receita de mais de US$ 180 bilhões em 2020. O estudo reforça, ainda, que os investimentos em educação devem chegar a 6,6% do PIB mundial em 2025.
A quinta geração de redes móveis na educação terá grande participação no aquecimento deste segmento.
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Originalmente publicado em: certi.org.br/blog/5g-na-educacao/