Conhece a diferença entre ensino remoto e EAD? O ensino remoto se tornou a melhor opção para que instituições de ensino público e privado deem continuidade às aulas. O isolamento social, recomendação dos órgãos de saúde pública, levou à suspensão temporária das atividades.
Com o intuito de manter as atividades e disciplinas, as instituições recorreram a plataformas virtuais, em um modelo de ensino a distância. A mudança que levou aulas presenciais para um ambiente virtual levantou muitas dúvidas para quem nunca estudou por essa modalidade.
Mas quer saber? Elas não são a mesma coisa. Para entender melhor, pedimos ajuda da Thuinie Daros, head de cursos híbridos e metodologias ativas da EAD UniCesumar. Confira abaixo quais são as principais diferenças entre o ensino remoto e EAD!
Uma atividade ou aula remota pode ser considerada uma solução temporária para continuar as atividades pedagógicas e tem como principal ferramenta a internet. Para Thuinie, essas aulas surgiram com “a finalidade de minimizar os impactos na aprendizagem dos estudantes advindos do sistema de ensino originalmente presencial, aplicadas neste momento de crise”.
Pensando nisso, não podemos considerar as aulas remotas uma modalidade de ensino, mas uma solução rápida e acessível para muitas instituições. Em geral, é utilizada em um curto período de tempo, diferentemente do EAD, que tem sua estrutura e metodologia pensados para garantir o ensino e educação a distância.
As aulas e atividades remotas são aplicadas pontualmente, nas quais acompanhamos o ensino presencial aplicado em plataformas digitais. Enquanto isso, o EAD foi desenhado para prestar atendimento, aplicar atividades, aulas e outras demandas em um ambiente de aprendizado, com apoio de tutores e recursos tecnológicos que favorecem o ensino.
Quando nos referimos ao EAD, “deve ser levado em consideração que, por se tratar de uma modalidade, tem um modo de funcionamento próprio. Com concepção didático-pedagógica, é estruturada de forma flexível e abrange os conteúdos, atividades e todo um design adequado às características das áreas dos conhecimentos gerais e específicos, contemplando todo processo avaliativo discente”, reforça Thuinie.
Muitos estudantes já se renderam ao EAD — de acordo com o Censo da Educação Superior 2019, 35% das matrículas de graduação na rede privada são dessa modalidade. Com o passar dos anos, as instituições começaram a investir nessa flexibilidade para quem deseja uma formação e, cada vez mais, ofertam novos cursos.
Basicamente, estamos acompanhando o ensino presencial sendo aplicado por meio da tecnologia. Mas, na educação a distância, as vantagens vão além. Na opinião de Thuinie, “a principal vantagem da modalidade EAD é a possibilidade de flexibilização do aprendizado. Os alunos conseguem adaptar a sua rotina produtiva com a necessidade da formação”.
Em vez de abandonar compromissos para comparecer à faculdade todos os dias, o estudante pode se dedicar à graduação no seu ritmo. Isso contribui para aumentar a produtividade nos estudos e ampliar o seu aprendizado, garantindo maior motivação durante esses períodos de formação.
O momento faz com que a atividade remota seja evidenciada, principalmente após a autorização do MEC para a transmissão das aulas. Só isso já reforça o respaldo que o EAD tem do Ministério da Educação –– que, inclusive, dá notas às instituições e cursos para ajudar na escolha dos estudantes. Você pode acessar essas informações no portal do e-MEC.
Além disso, a EAD inclui também o apoio de tutores que acompanham a flexibilidade de horário dos alunos, além de uma carga horária que é composta por diferentes recursos de aprendizado e formatos de atividade. Veja, a seguir, outras vantagens de estudar a distância!
As instituições de ensino dificilmente oferecem apenas cursos a distância. Por isso, é comum que utilizem boa parte da estrutura física para preparar as aulas do EAD. Os professores também auxiliam nessa organização, ofertando o mesmo conteúdo programático para ambas as modalidades.
Com isso, a faculdade tem uma redução de custos em comparação à graduação presencial. Essa economia se reflete nas mensalidades aos alunos, que podem estudar com a mesma qualidade, mas com valor acessível. É uma boa oportunidade para conciliarem os compromissos sem prejudicar o orçamento.
Justamente pela flexibilidade do ensino a distância, o estudante tem maior autonomia para organizar a própria rotina de estudos. Ou seja, se ele não pega as aulas para assistir, os materiais para ver e os trabalhos para fazer, será complicado seguir com notas boas na graduação. Mas essa não é a única habilidade do futuro aprimorada!
Foco e organização também ajudam bastante nesse momento, principalmente se o aluno trabalha e estuda. Com isso, torna-se um pouco mais autodidata a cada dia. Isso sem falar na gestão de tempo e na automotivação, que são competências bastante valorizadas no mercado de trabalho.
Por fim, ainda há a vivência digital, que não pode faltar diante da evolução tecnológica pela qual diversas profissões passam. Acessar as ferramentas de comunicação online, principalmente, é um grande diferencial para o currículo de qualquer profissional. Sobretudo com a ascensão do home office, os diálogos dentro das empresas terão forte influência desses recursos. Quem domina o AVA, Teams, Meets e outros já sai na frente!
Muitas pessoas ainda têm receio de estudar a distância pelo mito de que o mercado não valoriza profissionais formados nessa modalidade. Mas a verdade é que o diploma EAD é igualmente reconhecido e não serve para barrar candidatos em processos seletivos. Pelo contrário, muitos recrutadores entendem que as habilidades adquiridas nesse modelo de estudos são bem válidas para a atuação.
Então, antes de ter medo de se dedicar ao EAD, pense na escolha da instituição de ensino que estará ao seu lado na conquista do diploma. Se ela for reconhecida pelo MEC, já é um bom indício de sua qualidade. Porém, vá além disso. Avalie a infraestrutura física e digital para seu aprendizado, corpo docente, investimento em tecnologia e outros fatores.
A tecnologia permite interação entre instituição e aluno, mas como ela é utilizada, que diferencia o EAD das outras modalidades. Thuinie Daros reforça que, para as aulas remotas, é possível utilizar aplicativos e salas de aula virtuais como a do Google Classroom para disponibilização das atividades, vídeos e outras.
Já na modalidade EAD, este ambiente precisa ser mais robusto, de forma que muitas pessoas consigam acessar simultaneamente. Também é preciso garantir a disponibilização de vídeos, transmissões de aula, fórum, atividades em geral etc.
O uso da tecnologia é fundamental e, algumas vezes, se torna um desafio. Alunos e professores, devem adaptar toda sua rotina ao migrar do presencial para o EAD. É importante ressaltar que deve haver apoio das instituições de ensino na orientação para o melhor uso dessa tecnologia.
Se pretende começar a estudar a distância, saiba que não é o mesmo que as aulas remotas. Antes de começar, segundo Thuinie Daros, o candidato deve ter “clareza de que precisa se organizar e criar uma rotina de estudos. Além disso, é preciso considerar que as mesmas exigências de conhecimento de um curso presencial também valem para o aluno desta modalidade. Por isso, a organização é crucial para o sucesso”.
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Originalmente publicado em: https://www.unicesumar.edu.br/blog/diferenca-entre-ensino-remoto-e-ead/